segunda-feira, 13 de abril de 2020

Texto: A contaminação dos oceanos


A contaminação dos nossos oceanos
De acordo com dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas, flutuam nos nossos oceanos aproximadamente 13 000 objetos de plástico por quilómetro quadrado. As correntes oceânicas espalham o plástico por todos os cantos do globo.
A parte mais poluída do Oceano Pacífico tem sido chamada de "Grande depósito de lixo do Pacífico”. Esta ilha de lixo criada pelo Homem está localizada entre a China e os EUA. Tem cerca de 7,3 vezes o tamanho de Portugal.
Sabe-se que mais quatro "ilhas de plástico" flutuam nos oceanos de todo o mundo, estando prestes a tornar-se tão grandes como a primeira. Juntos, os cinco depósitos de lixo flutuantes equivalem ao tamanho de um continente inteiro.
Infelizmente, o plástico necessita de um longo período de tempo para se decompor. Este material decompõe-se lentamente em pequenos pedaços. A vida marinha e as aves aquáticas estão ameaçadas e milhões de espécies sofrem e morrem devido a situações de estrangulamento ou asfixia causadas por pedaços de plástico. As partículas mais perigosas são quase invisíveis e são consumidas pelos seres humanos através da ingestão de peixe e mariscos.
É por isso que o lixo plástico é o mais fatal para nós e para o planeta Terra. Em 2012, Boyan Slat, um rapaz holandês de 17 anos, estava a mergulhar na Grécia e verificou que havia mais sacos plásticos no mar do que peixes. Slat começou a pensar sobre o que poderia fazer para ajudar a resolver este problema. Uma vez que o uso de redes de pesca para remover os sacos de plástico seria muito caro para os navios e perigoso para a vida marinha, pensou noutra alternativa. Propôs, assim, a criação de uma estação de recolha de lixo em pleno oceano, que faria uso das correntes oceânicas. As correntes marítimas levariam o lixo para uma espécie de funil, no qual seria mais facilmente recolhido para ser, de seguida, transportado até terra e reciclado. Este método não seria perigoso para a vida marinha, uma vez que as espécies poderiam nadar para longe do funil.
Durante os seus estudos na Universidade Técnica na Holanda, Slat desenvolveu esta ideia de filtragem dos oceanos, de forma a torná-la ainda mais ecológica e económica. Para isso, projetou uma rede ancorada de barras flutuantes, que, à semelhança de funis gigantes, impeliam os detritos para plataformas de processamento, nas quais seriam filtrados para fora de água e armazenados até poderem ser levados para reciclagem em terra firme. As barras seriam colocadas junto das correntes marítimas próximas dos locais onde as “ilhas de plástico” tendem a conglomerar-se.
Estes depósitos de lixo flutuantes estendem-se por vários metros abaixo da superfície da água. Assim, a maioria dos detritos de plástico à deriva pode ser filtrada para fora da água. A vida marinha não está ameaçada, dado que as espécies podem facilmente nadar sob a barreira. Graças à forma afunilada das barras, os detritos ficam automaticamente presos na área de recolha. Uma correia transportadora automática recolhe o plástico, usando uma pequena quantidade de energia. De acordo com as previsões de Slat, o seu grupo deve ser capaz de ter lucro apenas com a venda do plástico usado.







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